quinta-feira, 27 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

As verdadeiras diferenças no mundo de hoje não são entre judeus e árabes; protestantes e católicos; muçulmanos, croatas e sérvios. As verdadeiras diferenças se encontram entre os que abraçam a paz e os que a querem destruir; entre os que olham para o futuro e os que se agarram ao passado, entre os que abrem os braços e os que fecham os punhos.
Autor: Bill Clinton

Um manjar dos deuses esta "Catedral"




O deserto
Que atravessei
Ninguém me viu passar
Estranha e só
Nem pude ver
Que o céu é maior
Tentei dizer mas vi você
Tão longe de chegar
Mas perto de algum lugar

É deserto
Onde eu te encontrei
Você me viu passar
Correndo só
Nem pude ver
Que o tempo é maior
Olhei pra mim
Me vi assim
Tão perto de chegar
Onde você não está
No silêncio uma catedral
Um templo em mim
Onde eu possa ser imortal
Mas vai existir
Eu sei
Vai ter que existir
Vai resistir nosso lugar
Solidão
Quem pode evitar
Te encontro enfim
Meu coração é secular
Sonha e deságua
Dentro de mim
Amanhã devagar
Me diz
Como voltar

Se eu disser
Que foi por amor
Não vou mentir pra mim
Se eu disser
Deixa pra depois
Não foi sempre assim
Tentei dizer
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mas perto de algum lugar...
Compositor: Tanita Tikaran

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno
Autor: Nietzsche , Friedrich

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Receita de abobora embrulhada de bom humor

Ingredientes:
1 Kgs de abóbora
1 papel colorido
1 rolo de fita cola (raios parta o rolo... cola dos dois lados!)
1 fitinha da cor do papel (qb)
1 pitada de malandrice


Transportar a abóbora (e bolas que é pesada!)até meio do caminho! Voltar a atrás após ideia luminosa! Uma pitada de boa disposição para alourar, um papel colorido para envolver! Agarrar muito bem para não cair! Esta porcaria (escrita com m) rebolou! voltar ao principio! Uma pitada de boa disposição para alourar, um papel colorido para envolver! Agarrar muito bem para não cair!Ufa desta foi! Juntar a fita cola ao preparado!À sacana que colas dos dois lados! Rios parta, rompeu-se o papel. O pipeto esticou-se e furou! Bom, vira-se ao contrário par disfarçar o estrago! Agora a fita... correu tudo bem!
Por fim, leva-se ao forno durante breves minutos até atingir o ponto! Retira-se e serve-se com a melhor das intenções...
Pois é... isto é tudo muito giro até o piolhito receber a pior prenda da vida dele e chorar como uma maria medalena! Mas eu sou assim... adoro pregar partidas às pessoas de quem gosto! Obviamente que eu tinha outra prendita! Não sou assim tão mázinha!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Vou indicar-te quais as regras de conduta a seguir para viveres sem sobressaltos. (...) Passa em revista quais as maneiras que podem incitar um homem a fazer o mal a outro homem: encontrarás a esperança, a inveja, o ódio, o medo, o desprezo. De todas elas a mais inofen­siva é o desprezo, tanto que muitas pessoas se têm sujeitado a ele como forma de passarem despercebidas. Quem despreza o outro calca-o aos pés, é evidente, mas passa adiante; ninguém se afadiga teimosamente a fazer mal a alguém que despreza. É como na guerra: ninguém liga ao soldado caído, combate-se, sim, quem se ergue a fazer frente. Quanto às esperanças dos desonestos, bastar-te-á, para evitá-las, nada possuíres que possa suscitar a pérfida cobiça dos outros, nada teres, em suma, que atraia as atenções, porquanto qualquer objecto, ainda que pouco valioso, suscita desejos se for pouco usual, se for uma raridade. Para escapares à inveja deverás não dar nas vistas, não gabares as tuas propriedades, saberes gozar discretamente aquilo que tens. Quanto ao ódio, ou derivará de alguma ofensa que tenhas feito (e, neste caso, bastar-te-á não lesares ninguém para o evitares), ou será puramente gratuito, e então será o senso comum quem te poderá proteger. Esta espécie de ódio tem sido perigosa para muita gente; e alguns despertaram o ódio dos outros mesmo sem razões de inimizade pessoal. Para te protegeres deste perigo recorrerás à mediania da tua condição e à brandura do teu carácter: faz com que os outros saibam que tu és um homem que não exerce represálias mesmo se ofendido; não hesites em fazer as pazes com toda a sinceridade. Ser temido, é uma situação tão ingrata em tua própria casa como no exterior (...) Para causar a tua ruína qualquer um dispõe de força que baste. E não te esqueças que quem inspira medo sente ele próprio medo: ninguém pode inspirar terror e sentir-se seguro!Resta considerar o desprezo: mas cada um, se deliberadamente se sujeitar a ele, se goza de pouca consideração porque quer, e não porque o mereça, tem na sua mão a faculdade de regular a sua intensidade. Os inconvenientes do desprezo podem ser atenuados ou pela prática de boas acções ou pelas relações de amizade com pessoas que tenham influência sobre alguém especialmente influente; será útil cultivar tais amizades, sem no entanto nos deixarmos enredar por elas, não vá a protecção sair-nos mais cara do que o próprio risco. Não há, contudo, forma mais eficaz de protecção do que remetermo-nos à vida privada, evitando o mais possível falar com os outros, e falando o mais possível apenas com nós próprios. A conversação tem um poder de atracção subreptício e sedutor, e leva-nos a revelar os nossos segredos com a mesma facilidade que a embriaguez ou a paixão. Ninguém é capaz de calar tudo quanto ouviu, mas também não reproduz exactamente tudo quanto ouviu; e quem não é capaz de guardar para si a informação também não é capaz de manter secreto o nome do seu autor. Cada um de nós tem sempre alguém em quem deposita tanta confiança como em si próprio; no entanto, embora refreie a tagarelice natural e se contente em falar para um só ouvinte, o resultado é o mesmo que se falasse em público: em breve o que era segredo está transformado em boato!
Séneca, in 'Cartas a Lucílio'
Endureçamos a bondade, amigos. Ela também é bondosa, a cutilada que faz saltar a roedura e os bichos: também é bondosa a chama nas selvas incendiadas para que os arados bondosos fendam a terra. Endureçamos a nossa bondade, amigos. Já não há pusilânime de olhos aguados e palavras brandas, já não há cretino de intenção subterrânea e gesto condescendente que não leve a bondade, por vós outorgada, como uma porta fechada a toda a penetração do nosso exame. Reparai que necessitamos que se chamem bons aos de coração recto, e aos não flexíveis e submissos. Reparai que a palavra se vai tornando acolhedora das mais vis cumplicidades, e confessai que a bondade das vossas palavras foi sempre - ou quase sempre - mentirosa. Alguma vez temos de deixar de mentir, porque, no fim de contas, só de nós dependemos, e mortificamo-nos constantemente a sós com a nossa falsidade, vivendo assim encerrados em nós próprios entre as paredes da nossa estuta estupidez. Os bons serão os que mais depressa se libertarem desta mentira pavorosa e souberem dizer a sua bondade endurecida contra todo aquele que a merecer. Bondade que se move, não com alguém, mas contra alguém. Bondade que não agride nem lambe, mas que desentranha e luta porque é a própria arma da vida. E, assim, só se chamarão bons os de coração recto, os não flexíveis, os insubmissos, os melhores. Reinvindicarão a bondade apodrecida por tanta baixeza, serão o braço da vida e os ricos de espírito. E deles, só deles, será o reino da terra.
Pablo Neruda, in "Nasci para Nascer"

Quem és tu?



Fotografia de paisagem de Robert Mekis

Quem és tu que eu não sei...
Quem és tu?
Não te consigo ler
Olho, tento ver,
Mas quem és tu?
Alma da minha alma...
Quem és tu?
Quem nos trocou os destinos?
Quem deu as cartas e baralhou?
Quem tinha trunfos na manga sem saber ao que vinha?
Oh destino de má fama... que não me guardas a alma!
Não me guardas o coração...
Não me poupas as lágrimas...
Que mais tormentas me guardas?
Não me poupas as tristezas
Não me poupas as alegrias
Queria a calma... deste-me a tormenta...
Queria a paz... deste-me a guerra...
Queria a liberdade... deste-me a prisão...
O clarear da manhã...
Rir,rir, rir...
A pele, a seda da pele...
O teu olhar...
As dunas, as folhas, os segredos,
E agora?
Que me queres dar? Ainda tens mais para mim?
Talvez não... assim não... não me podes dar!
Só a saudade de um amanhã melhor...
Só os momentos de solidão
Só estas palavras que escrevo... do fundo do coração!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Não sei porque estou aqui, mas senti uma vontade imensa de gritar, de dizer ao mundo inteiro que ... sei lá!
Apetece-me escrever ideias sem nexo... sem um pensamento lógico e racional... simplesmente namorar as palavras... flutuar nas ideias... nos pensamentos, mas sem que ninguém me veja a alma...

Tchanã! Cheguei!